sábado, 28 de janeiro de 2012

Coisas Frágeis - Neil Gaiman



    Quem conhece Neil Gaiman não pára de lê-lo jamais. Espero que a criatividade dele nunca acabe, senão seria um abismo literário. Coisas Frágeis apenas mantém a fama do autor como uma autoridade na arte de contar histórias. Com 9 contos, nos mais diversos tópicos e estilos de narrativa, Gaiman nos diverte tanto que, para quem lê à noite, antes de dormir, sofre o risco perder várias horas de sono. 
    Algo bastante interessante deste livro é que há uma espécie de prólogo escrito pelo próprio autor que nos explica de onde surgiu a ideia de cada conto. Não se surpreenda se encontrar um conto feito a pedido para a estréia de Matrix, ou um conto que, usando seu personagem mais famoso, Shadow (Deuses Americanos, leia!), integra personagens da história de Beowolf. 
    Contos perturbadores, fantásticos, divertidos e surreais vão se revelando no caminho. Adorável! 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Desafio Literário 2012: Julie & Julia - Julie Powell




Há, sem dúvida, uma simpatia pelos livros autobiográficos. A razão é simples: os fatos narrados são corriqueiros, por vezes trágicos, por vezes cômicos, e você já passou por eles, ou por alguns deles ao menos. O mesmo senti quando li “Comer, rezar, amar”, que pra minha surpresa de menina que não lê blockbusters, principalmente que tendam à auto-ajuda, foi um pequeno deleite. A mesma simpatia de identificação pessoal aconteceu com o livro de Julie Powell.


                                               Essa é a Julie real!

Comida e cozinha, ou cozinha e comida, é algo que permeia todas as relações humanas.  E assim como algumas pessoas são mais humanas do que outras, algumas gostam mais de cozinhar do que outras (sem ofensas... eu mesma sou quase analfabeta, mas adoro tentar!).  No livro de Julie Powell você encontrará muitas receitas entremeadas com o cotidiano ora histérico, ora tedioso, ora depressivo, ora tudo ao mesmo tempo, da secretária casada desde os 24 anos, que está prestes a completar os famigerados 30 e ainda não tem ideia de como alavancar sua vida. Talvez um bebê resolvesse o problema... talvez... não fosse sua síndrome de ovários policísticos ou a completa imaturidade emocional para a tarefa. Ela resolve então se engajar num projeto totalmente lunático: cozinhar todas as 524 receitas do livro Mastaring the Art of French Cooking, de Julia Child (para os desavisados, um clássico) em 365 dias (um ano se você fizer as contas). E registrar tudo em um blog, é claro. Daí começa a aventura de conseguir balancear a carreira (ou a falta dela), dinheiro, marido (e os ataques histéricos, quem nunca?), amigos, família (a mãe perde de vez a esperança que a pobre filha vá virar gente grande) e o desafio de realmente CONSEGUIR fazer as receitas. Porque, por favor, há um capítulo só de receitas de carnes servidas frias no meio de gelatinas? Quem come isso? E no mais, você aprende que a comida francesa é qualquer coisa, geralmente algum miúdo esquisito, como rins, fígado moela e até miolos, embebida em bastante creme de leite, com mil temperos, e muita, muita, muita, mas muita manteiga mesmo.

No final das contas, o projeto maluco engrena de verdade, e ela passa de secretária despercebida a celebridade. O blog faz um tremendo sucesso (eu mesma iria gostar de acompanhar), o que ajuda um tanto na força de vontade para seguir com a empreitada. De fato, o blog dá tão certo que ela o transforma em livro (não diga?), e hoje se dedica exclusivamente à escrita. Um final feliz, devo dizer.
Como é seu primeiro livro, às vezes a narrativa fica forçada demais, ou desconjuntada demais. Não estou criticando negativamente, na verdade acho que para uma iniciante ela escreveu muito bem. Creio que no futuro, quando eu quiser uma leitura bem calminha e engraçada, talvez eu a procure novamente. Ou tente cozinhar algum prato francês. Quem sabe...


[Você já deve saber, há pelo menos 2 anos, que existe um filme do livro (aliás, estampado nesta edição do livro). Vale a pena assistir, até porque a Meryl Streep faz Julia, o que já é louvável...]


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

TOP 5 Covers melhores que originais!

Pode parecer estranho, mas algumas vezes uma banda ou outra consegue a proeza de se sair melhor fazendo covers de músicas do que as próprias bandas que as compuseram. Claro, isso é uma raridade, requer muita inspiração e ousadia, mas acontece. Talvez a música tenha sido feita pra eles. Ou você nunca teve a sensação de que poderia escrever aquele livro tão bem ou até melhor que o autor? Tá bom, nunca tive essa sensação um tanto presunçosa, mas às vezes a luva encaixa tão bem... Aí está meu TOP 5, totalmente subjetivo, de covers que ficaram melhores que os originais. Não me leve a mal, os compositores citados são realmente gênios, mas os imitadores tiveram a felicidade de fazer a música marcante. E aí vai...

5) Tainted Love, Soft Cell (Gravação original Gloria Jones)
Nem preciso dizer, essa música é um clássico dos anos 80! Com uma pitada de sensações doentias e muitos barulhos de tecladinhos, a música ficou ótima nas mãos do Soft Cell (desnecessário dizer que este é o único cover da canção que vale a pena...)



4) Easy, Faith no More (Gravação Original Commodores)
Ver uma banda como Faith no More, que fazia músicas ora bizarras ora barulhentas, ora ambos, gravar uma canção destas com tal facilidade e naturalidade... ah, tem que se dar o crédito aos moços. E, além do mais, admito que gosto do barulho dos caras. Mas essa é inesquecível mesmo, qualquer casal apaixonado que o diga.



3) The Man Who Sold the World, Nirvana (Gravação Original David Bowie)
É claro que eu adoro o Bowie o quanto é possível adorar, e tudo que ele faz fica perfeito (tiete feelings). Mas é claro, também, que tive uma adolescência obcecada pelo Nirvana e suas camisas de flanela, cabelos sujos e guitarras quebradas nos amplificadores. Impossível negar. Quando a banda fez o Acústico MTV, meu som tocou o mesmo disco por longos meses... e não tenho vergonha disso. Eles eram bons mesmo. E essa música faz demonstra um pouco desse talento.



2) Nothing Compares 2 You, Sinéad O'Connor (Gravação Original Prince)
Sim, é de cortar os pulsos. Sim, é uma das músicas mais tristes e desesperadas que você já ouviu. Sim, a letra podia ser escrita por você. É compreensível. Por isso está aqui.



1) Superstar, Sonic Youth (Gravação Original The Carpenters)
Essa é a número 1 porque sempre que penso no tema "covers melhores que originais", é essa música que me vem à cabeça. Foi tão inesperado que o Sonic Youth fizesse algo desse tipo (quer dizer, você já ouviu Sonic Youth?), que ficou simplesmente inacreditável. No melhor sentido possível, claro. E esse vídeo, a luz, o ar retrô, me traz uma sensação de amor bandido, de tragédia iminente, que não sei explicar. Meio louco mesmo... Em June, o filme que com certeza você achou fofo, o futuro papai adotivo diz que essa é a única música da banda que é bonita de verdade, o resto é barulho. Na hora, me identifiquei tanto que até me emocionei. Hoje que escuto mais Sonic, já consigo ouvir música em meio aos barulhos. 




Sei que é um TOP 5 (referência a um dos livros mais legais que já li, High Fidelity do Nick Hornby), mas essa ficou de fora porque eu não sei se posso considerar isso um cover, pois afinal a moça era mesmo uma intérprete. Só pra constar, vai aí uma brasileira, Elis Regina, cantando uma canção do fantástico Chico Buarque, na melhor das interpretações melodramáticas, com adorável ar de jazz.



domingo, 22 de janeiro de 2012

Automático


Muitas vezes você se pega imaginando: como é que eu acho isso normal? Fazemos as mesmas coisas todos os dias, mesmo hábitos, velhos hábitos. De repente, reconhecemos isso tudo como normal, pelo mero efeito da repetição, e tudo fica automático. Será mesmo isso tudo normal? Ou seremos nós acomodados?

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pontos

Coisinhas que compõem a vida, ponto a ponto.

                                         sossego,

                                         beleza,

                                          estima,

                                                           perspectiva,
e muitas mais, todas em minúsculas, igualmente importantes, igualmente singelas...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Genética, escolhas que nossos avós não faziam - Mayana Zatz




Eu não costumo ler livros de divulgação científica, fico pensando que já tenho pouco tempo pra ler literatura "de verdade", ficção mesmo, e que, como já trabalho com ciência, minha dose diária de literatura científica já basta. Mas, vez ou outra, ganho um livro destes (ou pego emprestado), e me animo a ler. No caso deste foi meu pai quem me presenteou, na melhor das intenções. E eu acabei gostando de ler o tal livro. 
A autora, Mayana Zatz, é professora titular na USP, no departamento de Genética, ao qual eu pertenço como mera aluna. Ela é também uma das cabeças do Centro de Estudos de Genoma Humano, o local referência de aconselhamento genético em São Paulo, e no Brasil.

 O livro discute os avanços na área da genética relacionados ao diagnóstico de doenças, tratamento das mesmas e determinação de prole afetada. Hoje é possível saber de antemão, dado o histórico familiar de afetados e os exames de DNA, se um casal terá um filho doente ou não. Isso, entre outras coisas, gera uma série de questionamentos éticos que não acompanharam, com a mesma velocidade, os avanços da genética. É ético escolher o sexo dos filhos? É ético estocar sangue de cordão umbilical em bancos privados? É ético usar DNA de uma pessoa que não autorizou seu uso se for para esclarecer um crime hediondo?
Muitas questões estão em debate, e ainda não há um certo ou errado. Definir certos parâmetros de ética será fundamental daqui em diante, por dois motivos: a ciência não pára de avançar, inclusive hoje mesmo já se pode fazer mais do que nossa imaginação permite vislumbrar; e enquanto discutimos, pessoas, que poderiam se beneficiar de um tratamento inovador estão morrendo.
O livro promove um debate informativo das questões mais importantes, e que batem à nossa porta todo dia,  seja você diretamente ligado ao assunto ou não. Termino com um trecho do prólogo escrito por Jorge Forbes, médico psiquiatra: "Este livro é uma decepção para aqueles que vivem correndo atrás de reduzir a experiência humana a uma tabela de genes onde tudo estaria previsto, (...) um 'estava escrito' científico. Os que veem os geneticistas como astrólogos autorizados pela Academia, com título de doutor, vão sofrer nestas linhas, vão ficar embaraçados. Por outro lado, é um bálsamo aos que compreendem que o mais essencial da humanidade é ser criativo, a saber, onde falta a determinação biológica, porque somos seres incompletos (...)".

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cantinho

Ai que saudade da minha casinha! Moro em São Paulo com meu namorido. Nós dois fazemos doutorado lá, mas somos de Belo Horizonte, Minas Gerais, e, por isso, todo fim de ano ou feriado qualquer voltamos e ficamos com nossas famílias. Aí, já viu... fica aquele troca troca de dorme aqui dorme ali, hoje na casa da minha mãe, amanhã na sua, enfim... começo a ter saudades do nosso cubículo quadrado alugado em Sampa. Da nossa vidinha juntos, rotina, lanchinhos, de assistir à Nigella ou Star Wars (cada hora um escolhe, né), e deixar a vida passar. Já estou cheia de vontade de voltar para Pasárgada...


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Flappers and Philosophers - Scott Fitzgerald





Este é um dos livros de menor sucesso de Scott Fitzgerald. Coleção de histórias, os temas são os mais variados. No início estava em dúvida se o estilo me agradava ou não, acho que tinha uma certa expectativa construída. Uma amiga já havia me recomendado o autor e a vontade de lê-lo aumentou desde que assisti Meia Noite em Paris, do inigualável Woody Allen. Fato é que minha simpatia e empolgação foi progressivamente aumentando. Alguns pontos me chamaram a atenção, e vou mencioná-los apenas pelo entretenimento de fazê-lo, pois não sou, nem de longe, muito entendida do mundo da literatura (como gostaria de ser). A figura da mulher é bem interessante. Estamos falando dos anos 20, que apesar de sofrer os danos da Primeira Guerra Mundial, foram anos de alta produção e inovação cultural, e onde o papel e figura da mulher começou a mudar um pouco. Fitzgerald, em quase todos os contos com presença feminina forte, reporta uma mulher astuta, consciente de si e independente, que não segue o modelo da dona de casa determinista. Isso fica claro em várias passagens, como no conto The Ice Palace, onde a personagem Sally Carrol diz: “If those women aren´t beautiful, they´re nothing. They just fade out when you look at them. They´re glorified domestics”. Em outro, Head and Shoulders, mostra a ironia de um casal, ele intelectual, ela dançarina (ele head, ela shoulders), que aos poucos vão trocando de papéis a medida que a vida brinca com eles, e quando ela escreve um livro que vira um sucesso, um jornalista faz menção ao casal com os papéis invertidos (ela head, ele shoulders). Outro ponto interessante é a menção da libertação do cristianismo e do teísmo como determinadores de condutas morais. O conto Benediction narra o mal estar da irmã de um seminarista ao visitar a igreja por ele frequentada: “(...) I can´t tell you how inconvenient being a Catholic is. (…) As far as morals go, some of the wildest boys I know are Catholics. And the brightest boys – I mean the ones who think and read a lot, don´t seem to believe in much of anything anymore”.  Incrível como o tempo passa e alguns pontos continuam em debate até hoje. De conto em conto fui me tornando mais e mais interessada no autor e na produção da época, por vezes fiquei imaginando como seriam as adaptações dos contos para curtas-metragens, com certeza muito divertidas. Fiquei com vontade de imergir mais nestes anos dourados...


"There was the eternally kissable mouth, small, lightly sensual, and utterly disturbing" 
(Sobre Zelda)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O tempo passou! ou a Ressonância de Schumann

Então é notório que não temos mais tempo. Este artigo de luxo, que não se compra em boutiques quaisquer, nos abandonou de vez. Volta e meia um intelectual ou cientista louco ensaia uma explicação pra esse fenômeno mordaz. Outro dia, minha madrasta contou que lhe contou alguém sobre a teoria da ressonância de Schumann. De acordo com o físico alemão, cujo tempo na Terra já deve ter acabado (imagino), o campo eletromagnético do planeta possui uma ressonância que antigamente atingia uma constante de 7,83 pulsações por segundo, algo como um marca passo que rege pulsações de todos os seres vivos da mesma forma. O problema é que, de uns tempos pra cá, a partir dos anos 80 (que coisa mais recente), a Terra passou a pulsar muito mais rápido. E isso, é claro, afetou todo o equilíbrio dos ecossistemas, alterou o eixo do planeta, e o tempo, agora, passa mais rápido. Eu não sei o quanto disso é verdade. Imagino que o alemão deva ser de confiança (não se brinca com os germânicos), mas as interpretações de teorias por terceiros deixa o assunto pra lá de complicado. Fato é que, a cada dia, eu não sei o que fiz com o tempo que tinha. 24 horas parece tanto, mas é um sopro. Há quem diga, baseado no tal físico, que o dia agora tem 16 horas. Se durmo por 8 horas (e eu sou dessas que necessita de 8 horas de sono), e o dia tem 16, só restam mais 8. Entre cuidados de higiene, beleza, alimentação, arrumações rotineiras, locomoção e coisa e tal, vão mais umas 4 horas, no mínimo. Mais o trabalho, teoricamente 8 horas diárias (eu que sou bolsista doutoranda às vezes levo bem mais que isso no laboratório, mas tenho flexibilidade pra levar menos também), já me deixa devendo 4 horas negativas por dia. E o lazer? Como faço para ler, ouvir música, namorar, sair, cinema, restaurante, etc? Onde está o tempo? E o mais engraçado, ou trágico, é que, apesar disso tudo, vejo meu tempo sendo sugado pelas modernidades mais inúteis possíveis, leia-se fecebook, angrybirds, tetris (!), wii, etc. Seguimos procurando pela máquina do tempo, não para viagem, mas para multiplicação das horas, tantas horas, que precisamos.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Das cenas inesquecíveis

Gosto muito do trabalho do Richard Linklater. Ele fez sucesso na cena independente nos anos 90, e nos presenteou com o inigualável Waking Life, filme que me marcou muito, e alterou por muito tempo minhas noites de sono. Volta e meia ainda lembro da exclamação de Kierkegaard: "Arrebata-me!", que me persegue anos a fio. 
 Mas os trabalhos mais conhecidos dele são com certeza os idílicos Before Sunrise e Before Sunset. Acho que nenhum romântico com um mínimo de imaginação possou ileso por estes filmes. O cenário proposto, de passar de estranhos a amantes em um tempo tão curto quanto um dia, em lugares maravilhosos, desconhecidos, vívidos e, convenhamos, europeus (rsrs) está no imaginário de todos que assistiram esses filmes. O mais interessante, talvez, é a simplicidade de todos os momentos mostrados. É basicamente em um diálogo durante uma caminhada descontraída que os momentos mais ricos da vida acontecem. E o encontro de duas pessoas nesse processo é quase um pequeno milagre. 


A cena a seguir eu já assisti tantas vezes que eu me esqueço que é uma cena. Parece vida, a sua vida, a minha, de todos. É a cena final de Before Sunset, que diz tudo sem dizer nada. Nina Simone, Just in Time. Perfeição.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Flappers and Philosophers

""Nice-looking crowd, aren't they?"
"Sure are! They´re - canine!"
"What?"
She flushed.
"I'm sorry; that sounded worse than I meant it. You see, I always think of people as feline or canine, irrespective of sex."
"Which are you?"
"I'm feline. So are you. So are the most Southern men an' most of these girls here."
(...)
"What does canine imply? A certain conscious masculinity as opposed to subtlely?"
"Reckon so. I never analyzed it - only I just look at people an' say 'canine' or 'feline' right off. It´s right absurd, I guess."  "
Pensamentos loucos de julgamento a priori... quem nunca?

Peanuts

Neste Natal meu pai mandou entregar na minha casa um presentinho composto de várias partes, todas igualmente atenciosas. Um livro chamado Genética, escrito por uma professora da USP, que ele achou que eu iria gostar, uma vez que meu doutorado é nessa área (vai ser o próximo livro da lista); um DVD da Adele, que gostei bastante, e um livrinho de citações dos Peanuts. Sempre gostei muito da turminha do Charlie Brown, apesar da temática ser sempre bastante triste, há algo nessa melancolia que desperta uma identidade forte com a vida nossa de cada dia. E quem disse que o dia-a-dia de uma criança é feito só de alegria? De qualquer forma, o que eu mais gostei foi a dedicatória do meu pai neste livrinho: "Este é pra sua diversão, apesar de que quase tudo que está escrito é muito sério". E ponto. Penso que volta e meia, nos momentos de seriedade, colocarei aqui uma citação qualquer.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

17 things

Vagando por aí, achei essas imagens postadas no blog weavenue.com, e o cara que as desenhou tem um blog super legal todo de quadrinhos, uns mais sérios, outros mais descontraídos, muito bons. O blog dele é o stuff no one told me. Pra completar o quadro, a namorada dele também tem um blog de quadrinhos (ô gente talentosa!), que é o pigs in maputo. Vale dar uma olhada!







                                           Boas vibrações a todos!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

domingo, 1 de janeiro de 2012

Ano novo, velhas metas

É quase inevitável não ter metas para o ano que começa. Mesmo as pessoas que, como eu, acham que é só mais um ano, e que o simbolismo do recomeço é só uma desculpa (leia-se pretexto) a mais para mudar, ainda assim essas pessoas fazem planos e esperam que alguma força maior as ajude a cumprir os novos objetivos. Eu sempre me achei um tanto azarada. A verdade é que eu nunca fui de contribuir muito para a minha sorte (latente, coitada) também. Por isso sei, conscientemente, que meu papel aqui é mover-me para que as coisas aconteçam. Só depende de mim mesmo, sempre dependeu só de mim. E é difícil saber disso quando não se pode contar muito consigo mesma. Mas, independente de mim, da sorte, do azar e da força maior, aqui estou eu fazendo resoluções de ano novo. O bom (ou não) é que ficarão registradas, o que me força um milímetro a mais a tentar cumpri-las. Se fizéssemos um estudo estatístico das resoluções mais comuns de fim de ano, principalmente entre as mulheres, acredito que as minhas estariam, para usar o termo técnico, na “moda”. Como não sou lá muito original mesmo, aí vão minhas resoluções:
1)    Ler mais. E não estou falando de artigos científicos, e sim de literatura. Foi por isso mesmo que o blog foi criado, para manter um registro disso. Espero manter.
2)   Trabalhar mais. Neste item está incluso ler mais artigos científicos, estudar mais e melhor, publicar meus trabalhos (que o santo da força de vontade me ajude), procurar ativamente mais fontes de renda, etc. Se este item for cumprido com êxito, é provável que as resoluções de anos vindouros da minha vida sejam bem mais tranquilas.
3)   Usar o dinheiro com consciência, pois, apesar de quase não tê-lo, se eu soubesse usá-lo mais sabiamente talvez ele durasse mais.
4)    Cuidar mais da saúde. Isto é, preocupar-me de verdade com o bem-estar, tratar das moléstias já instaladas, comer bem, exercitar-me  e, obedecendo o instinto natural que vem do meu duplo cromossomo X, emagrecer (ah, só 10 kg...).

Como estas 4 metas incluem muita coisa, vou deixar outras menores de lado. 
                                                        foto: hypescience.com

Que a FORÇA (de vontade) esteja comigo!