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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

TOP 5 Filmes Woody Allen

Para completar o quadro geral do ser clichê que admito ser (e que gosto de ser), venho fazer um TOP 5 dos filmes mais geniais do meu, do seu, do nosso adorado cineasta, escritor, ator e outras coisas mais, Woody Allen.
A ordem será cronológica, do mais antigo ao mais atual, pois seria desafio demais tentar classificá-los do melhor para o... menos melhor? rsrs (me perdoem os estetas do português, mas não dá para falar "pior")


1) Annie Hall 1977
Annie Hall é o grande marco na carreira de Woody Allen. A partir deste filme o cineasta passou a ser reconhecido mundialmente por suas comédias existenciais que permeiam os relacionamentos amorosos.O filme traça a relação de Alvy Singer, o próprio Woody, e Annie Hall, Diane Keaton (papel que marcou profundamente sua carreira). Não precisa dizer que ambos têm comportamento neurótico, como já diz o jocoso título do filme em português: Noivo Neurótico, Noiva Nervosa. Assistindo, você não sabe se torce para o casal ficar junto ou se separar de vez. Uma loucura.

"A relationship, I think, is like a shark. You know? It has to constantly move forward or it dies. And I think what we got on our hands is a dead shark" Alvy Singer






2) Manhattan 1979

Manhattan desponta quando Woody Allen já se consagrou como ótimo diretor, escritor e ator (caricatural, é claro). Já está estabelecida sua obsessão com os temas Nova Iorque, americanos judeus, relacionamentos amorosos complicados, e insatisfação crônica. Neste filme, Woody é Isaac, recém divorciado de Jill (a já glamurosa Maryl Streep, novinha). Ela está escrevendo um livro que parece bem autobiográfico, e revela detalhes de seu casamento. Isaac está se relacionando com uma adolescente, mas não parece nada satisfeito... e daí se desenrolam desejos, triângulos amorosos e outras formas geográficas mais difíceis de descrever. A fotografia do filme é linda e valoriza muito os horizontes da metrópole mais famosa do mundo.

"I think people should mate for life, like pigeons or Catholics" Isaac Davis






3) Match Point 2005
Match Point está na lista porque representa o início de uma fase na carreira de Woody Allen: películas filmadas na Europa. Este, por exemplo, foi rodado na Inglaterra. A trama do filme envolve mentiras e traições de um homem, Cris Wilton, que custa a decidir se prefere uma vida financeiramente confortável ao lado de sua esposa rica, ou sexualmente interessante ao lado da amante. A sorte é a grande personagem principal do filme, não abandonando nunca Cris. Uma influência forte e clara é o livro Crime e Castigo de Dostoiévsky. Há várias passagens que remetem à obra. É um filme marcante, que abre uma era muito agradável da obra de Woody Allen. 

"Eu prefiro ter sorte do que ser bom"




4) Vicky Cristina Barcelona 2008

Ah... este filme é extremamente agradável. Misture Espanha, Javier Bardem, Penélope Cruz, Scarlett Johansson, vinhos, Gaudí e Woody Allen. Dá pra ficar melhor? Uma trilha sonora incrível recheada de guitarras espanholas, imagens maravilhosas, diálogos interessantes e dúvidas existenciais na flor da juventude. Não precisa de mais nada. Mas, se interessar, Woody se inspirou na obra de Henry James sobre as diferenças em como europeus e americanos tratam o amor (ato e sentimento). Na época, coincidentemente ou não, estava lendo Retrato de uma Senhora, do Henry James, e vi bastante a diferença relatada. De qualquer forma, é um filme que assistiria de novo, e de novo, e de novo...

"Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic" Juan Antonio



5) Meia Noite em Paris 2011

Por fim, escolhi este filme para fechar a lista. Não julgo que seja o melhor ou o mais genial (apesar de me inclinar bastante nessa última opção), mas une algumas das coisas que mais me divertem na vida: cinema e literatura, num estilo bem Woody Allen. Ainda mais ambientado na linda Paris, na "época de ouro". A história gira em torno de Gil (Owen Wilson), escritor americano que passa férias em Paris. Um dia, andando à noite, pega uma carona que o teletransporta para a Paris dos anos 20. Alí, pasmo, ele conhece grandes nomes da época que, para ele, representa a era de ouro na qual queria ter nascido. Scott e Zelda Fitzgerald e Ernest Hemingway passam a ser parte de seu cotidiano, e até Dalí e Bañuel dão uma pinta na trama. Fascinante! 

"That Paris exists and anyone could choose to live anywhere else in the world will always be a mystery to me"


(se fosse uma simples questão de escolha...) 






segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

TOP 5 Covers melhores que originais!

Pode parecer estranho, mas algumas vezes uma banda ou outra consegue a proeza de se sair melhor fazendo covers de músicas do que as próprias bandas que as compuseram. Claro, isso é uma raridade, requer muita inspiração e ousadia, mas acontece. Talvez a música tenha sido feita pra eles. Ou você nunca teve a sensação de que poderia escrever aquele livro tão bem ou até melhor que o autor? Tá bom, nunca tive essa sensação um tanto presunçosa, mas às vezes a luva encaixa tão bem... Aí está meu TOP 5, totalmente subjetivo, de covers que ficaram melhores que os originais. Não me leve a mal, os compositores citados são realmente gênios, mas os imitadores tiveram a felicidade de fazer a música marcante. E aí vai...

5) Tainted Love, Soft Cell (Gravação original Gloria Jones)
Nem preciso dizer, essa música é um clássico dos anos 80! Com uma pitada de sensações doentias e muitos barulhos de tecladinhos, a música ficou ótima nas mãos do Soft Cell (desnecessário dizer que este é o único cover da canção que vale a pena...)



4) Easy, Faith no More (Gravação Original Commodores)
Ver uma banda como Faith no More, que fazia músicas ora bizarras ora barulhentas, ora ambos, gravar uma canção destas com tal facilidade e naturalidade... ah, tem que se dar o crédito aos moços. E, além do mais, admito que gosto do barulho dos caras. Mas essa é inesquecível mesmo, qualquer casal apaixonado que o diga.



3) The Man Who Sold the World, Nirvana (Gravação Original David Bowie)
É claro que eu adoro o Bowie o quanto é possível adorar, e tudo que ele faz fica perfeito (tiete feelings). Mas é claro, também, que tive uma adolescência obcecada pelo Nirvana e suas camisas de flanela, cabelos sujos e guitarras quebradas nos amplificadores. Impossível negar. Quando a banda fez o Acústico MTV, meu som tocou o mesmo disco por longos meses... e não tenho vergonha disso. Eles eram bons mesmo. E essa música faz demonstra um pouco desse talento.



2) Nothing Compares 2 You, Sinéad O'Connor (Gravação Original Prince)
Sim, é de cortar os pulsos. Sim, é uma das músicas mais tristes e desesperadas que você já ouviu. Sim, a letra podia ser escrita por você. É compreensível. Por isso está aqui.



1) Superstar, Sonic Youth (Gravação Original The Carpenters)
Essa é a número 1 porque sempre que penso no tema "covers melhores que originais", é essa música que me vem à cabeça. Foi tão inesperado que o Sonic Youth fizesse algo desse tipo (quer dizer, você já ouviu Sonic Youth?), que ficou simplesmente inacreditável. No melhor sentido possível, claro. E esse vídeo, a luz, o ar retrô, me traz uma sensação de amor bandido, de tragédia iminente, que não sei explicar. Meio louco mesmo... Em June, o filme que com certeza você achou fofo, o futuro papai adotivo diz que essa é a única música da banda que é bonita de verdade, o resto é barulho. Na hora, me identifiquei tanto que até me emocionei. Hoje que escuto mais Sonic, já consigo ouvir música em meio aos barulhos. 




Sei que é um TOP 5 (referência a um dos livros mais legais que já li, High Fidelity do Nick Hornby), mas essa ficou de fora porque eu não sei se posso considerar isso um cover, pois afinal a moça era mesmo uma intérprete. Só pra constar, vai aí uma brasileira, Elis Regina, cantando uma canção do fantástico Chico Buarque, na melhor das interpretações melodramáticas, com adorável ar de jazz.